Enquanto desenvolvia a teoria dos isômeros, o grande químico holandês Jacobus Henricus Van't Hoff (1852-1911) (retratado na fotografia acima) ocupava-se também em sua tese de doutoramento. E, no mês de dezembro de 1874, ele lia, ante o catedrático de Química da Universidade holandesa de Utrecht, E. Mulder, o trabalho que tinha como título: Contribuições para o conhecimento do ácido cianético e do ácido malônico. Era uma pesquisa de rotina, sem qualquer contribuição inovadora. O que surpreendeu a muitos, uma vez que, em setembro do mesmo ano, Van't Hoff publicara sua famosa brochura de onze páginas sobre estruturas moleculares espaciais.
Já formado, porém ainda sem rumo definido, Van't Hoff começa a procurar emprego, o que só consegue em março de 1876, tornando-se assistente de Química e Física no Colégio Veterinário de Utrecht. Nessa época dedica interesse especial ao estudo de substâncias extraídas de uma resina vegetal. Escreve também vários artigos sobre estereoquímica - sobre os anéis carbônicos, a fórmula estrutural do benzeno, a direção das valências no átomo de nitrogênio e a relação entre atividade ótica e a constituição das substâncias orgânicas. Ainda em tal período, escreve, em dois volumes, o livro Ansichten über die Organische Chemie (Opiniões sobre a Química Orgânica). Segundo Van't Hoff, o próposito da segunda parte consistia em obter um conhecimento da natureza própria do carbono e das variações que ela sofre quando o elemento combina-se com outros átomos ou grupos de átomos. Para se alcançar este objetivo, devemos ter uma visão geral das reações químicas nas quais o átomo de carbono participa e das variações do caráter físico que as acompanham.
Em setembro de 1877, Van't Hoff é nomeado expositor de Química no Colégio da Cidade de Amsterdam - que um mês após é elevado à categoria de universidade. Em junho do ano seguinte, torna-se professor de Química, Mineralogia e Geologia.
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