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domingo, 2 de maio de 2010

A Descoberta da Fotossíntese







Mesmo empregando métodos de pesquisa bastante simples e até mesmo rudimentares, o grande químico britânico Joseph Priestley (1733-1809) conseguiu dar importantes contribuições à história da Química e da Biologia. Ao experimentar a ação dos gases, que descobria sobre seres vivos, concluiu, espetacularmente, que os vegetais, ao contrário dos animais, eliminam oxigênio (O2). Estava dado o primeiro passo importante no estudo da chamada fotossíntese.

Utilizando o gás carbônico (CO2), Priestley verificou que as plantas absorvem este gás e, uma vez colocadas em um lugar iluminado, enriquecem o ambiente em oxigênio. A importância da luz nesse processo passou despercebida ao cientista, porém sua descoberta serviu de base para estudos posteriores, que foram desvendando os mecanismos da vida vegetal. Coube, então, a um contemporâneo de Priestley, o médico holandês Jan Ingenhousz (1730-1799) (retratado na fotografia acima) dar o passo seguinte no conhecimento dos fenômenos da fotossíntese. Trabalhando em Londres, em 1766 ele destacou-se pelo emprego da inoculação da varíola no tratamento desta doença. Graças a esse trabalho, que trouxe-lhe renome internacional, foi chamado pela imperatriz austríaca Maria Teresa para residir na capital austríaca, Viena, para onde partiu em 1968. Foi nessa época que a respiração das plantas começou a despertar seu interesse. Para se libertar da absorvente vida da aristocracia vienense, que prejudicava seus estudos, e, ao mesmo tempo, para obter melhor material de trabalho, Ingenhousz acabou voltando para Londres, em 1779. No mesmo ano de seu retorno, foi eleito membro da Sociedade Real de Londres (o Royal Society of London) e passou a ser protegido de lorde Shelbourne (o mesmo Shelbourne que havia amparado Priestley), em cuja residência instalou seu laboratório.

Um dos grandes méritos do cientista holandês foi a introdução da noção de equilíbrio entre vida vegetal e vida animal. O resultado de suas pesquisas, publicado no livro intitulado Experiência Sobre Vegetais Para Descobrir Seu Grande Poder de Purificação do Ar Comum ao Sol e de Poluí-lo na Sombra e Durante a Noite, demonstra que as partes verdes das plantas fixam o gás carbônico livre na atmosfera e que esse poder existe somente quando a luz incide sobre as plantas. Na obscuridade, ao contrário, as plantas libertam tal gás. Detalhando suas experiências, Ingenhousz mostrou que a produção de oxigênio é muito intensa à luz solar direta e deficiente em dias de luz difusa, mas que nem todas as plantas atuam da mesma maneira durante o período de iluminação do dia: algumas não desprendem oxigênio algum após o crepúsculo do Sol, enquanto outras fazem na nesse mesmo período. Assinalava ainda que, na obscuridade, as plantas não só deixam de libertar oxigênio como viciam ainda mais o ar. A produção de oxigênio ocorre principalmente na face inferior das partes verdes do vegetal e nas folhas jovens menos que nas totalmente desenvolvidas. Mostrou também que as plantas aquáticas liberam o mesmo gás.

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