A Ciência atua do muito pequeno ao muito grande.

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"O poder da humanidade que criou este imenso campo do saber há de ter forças para levá-lo ao bom caminho". (Bertrand Russel, filósofo e matemático inglês do século XX)



quinta-feira, 6 de maio de 2010

Cultura: Um Nicho Ecológico







Em quanto tempo a evolução processa-se e como situar o homem na escala evolutiva são problemas que ainda desafiam a Ciência. Nos vários quadros que traçam as linhas gerais da evolução, estabelecendo um paralelo entre o tempo geológico, existem muitos elementos especulativos. A localização do homem como caso particular do desenvolvimento evolutivo foi, desde o início da teoria evolucionista - sobretudo depois que o célebre naturalista britânico Charles Darwin (1809-1882) publicou seu livro A Estirpe do Homem -, o centro dos mais ferozes ataques dirigidos pelos ultra-conservadores. Estes não podiam aceitar que a espécie humana tivesse ascendentes animais. E, muito menos, que fossem gorilas ou outros gêneros de macacos. Na realidade, fez-se uma certa confusão, proposital ou não, ao se afirmar que o homem descende do gorila: já que ambos são contemporâneos, a verdadeira proposição seria a de indicar para homens, gorilas e outros primatas a mesma faixa de ancestrais comuns. E isso foi muito bem feito.

Em seu livro Processos de Evolução Orgânica, o ilustre geneticista norte-americano George Ledyard Stebbins Jr. (1906-2000) (retratado na fotografia acima) comenta: "Estudos recentes da morfologia e da química comparada de proteínas mostraram que o Homo sapiens, o chimpanzé e o gorila relacionam-se muito mais estreitamente que qualquer dessas espécies com os outros macacos antropóides, como o orangotango e com gibão. Aquelas três espécies descendem provavelmente de um grupo de macacos que eram comuns na Eurásia e na África durante o Mioceno. Os ancestrais imediatos do Homo sapiens foram os australopitecos, que viveram na África do Norte e na Eurásia, no fim do Plioceno e no início do Pleistoceno. A primeira espécie do gênero Homo, o H. erectus, estava disseminada pela Eurásia durante o médio pleistoceno e, provavelmente, evoluiu em direção ao homem moderno por meio de uma série de estágios, sem se desmembrar em espécies separadas. As diversas particularidades que distinguem o homem dos macacos provavelmente evoluíram a taxas um pouco diferentes. Uma das primeiras características humanas a aparecer foi o uso de instrumentos, que precedeu o aumento do tamanho do cérebro e acompanhou a mudança da postura quadrúpede para a postura ereta".

Todavia, pode-se afirmar que o bipedismo não oferece vantagens do ponto de vista da sobrevivência. O bipedismo apenas liberta as mãos, especializando-se de forma diversa dos pés, na fabricação de instrumentos. A vantagem do bipedismo é, portanto, de nível cultural. E os seres bípedes conseguiram sobreviver defendidos pela vantagem da cultura que eles criaram.

Referindo-se ao homem moderno, Stebbins considera como seu aspecto mais marcante a evolução cultural, e analisa: "Os processos da evolução cultural não são controlados pelos processos biológicos de mutação, recombinação gênica e seleção natural, mas pela invenção, desenvolvimento de ideias, aprendizagem, previsão, difusão cultural e seleção consciente".

Um comentário:

  1. Nice work
    I share this link upon hominides

    http://knol.google.com/k/alejandro-melo-florián/6-la-evolución-de-los-homínidos/3sktw3ldc86j2/58

    Regards.

    Alejandro Melo-Florián MD

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