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"O poder da humanidade que criou este imenso campo do saber há de ter forças para levá-lo ao bom caminho". (Bertrand Russel, filósofo e matemático inglês do século XX)



domingo, 14 de fevereiro de 2010

A Origem da Vida - O Experimento de Staley Miller e Harold Urey







Uma das questões mais perturbadoras e discutidas na atualidade é a concepção de como surgiu a vida no planeta Terra. Alguns acreditam que a vida surgiu com o desenvolvimento climático do planeta e outros crêem que talvez a vida proveio do Universo sideral. Esta última concepção foi proposta um pouco antes da metade do século XX pelo grande químico suíço Svante August Arrhenius (1859-1927). Arrhenius propôs que a vida veio ao planeta Terra por meio de meteoros que chocaram-se com a superfície terrestre. Nestes meteoros estaria contido microorganismos que foram desenvolvendo-se na Terra. Esta teoria, contudo, não é tão aceita, pois a proposição de que a vida surgiu na própria Terra tem maior aceitação na comunidade científica.




No ano de 1953, tentando determinar quais eram as condições necessárias para o surgimento da vida no planeta, os cientistas norte-americanos Staley Lloid Miller (1930-2007) (retratado na fotografia acima) e Harold Clayton Urey (1893-1981), construíram um aparelho(mostrado esquematicamente acima), no qual eram reproduzidas as condições supostamente existentes na Terra primitiva. O aparelho continha uma mistura dos gases metano (CH4), amônia (NH3), hidrogênio (H2) e vapor d'água (H2O), que foi submetida a intensas descargas elétricas. A mistura de gases simulava a atmosfera primitiva, e as descargas elétricas simulavam os raios de grandes tempestades que, supostamente, ocorriam na Terra primitiva. No aparelho também havia um condensador, no qual a mistura de gases era resfriada. O vapor de água presente na mistura condensava-se e escorria para a parte inferior, onde acumulava-se. Com isso Miller e Urey simulavam as chuvas que acumulavam-se nos oceanos, mares e lagos. Um aquecedor fazia ferver a água acumulada, que novamente transformava-se em vapor, simulando a evaporação da água das chuvas na superfície quentíssima da Terra.



Após deixar o sistema funcionando durante uma semana, Miller examinou o líquido acumulado na parte inferior do aparelho. O líquido, antes incolor, apresentava-se avermelhado. Testes químicos revelaram que o líquido avermelhado continha diversos compostos que não estavam presentes no início do experimento, entre eles compostos orgânicos como aminoácidos alamina e glicina, além de alguns outros compostos orgânicos simples.


É importante salientar que na época em que Miller realizou seu experimento célebre e pioneiro acreditava-se que a atmosfera primitiva fosse constituída apenas por metano, amônia, hidrogênio e vapor d'água. Porém, evidências um tanto mais recentes indicam que os gases mais abundantes na Terra primitiva eram o gás carbônico (CO2) e o gás nitrogênio (N2).

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