O trabalho do grande cientista francês Louis Pasteur, que contribuiu imensamente para a Química e Medicina, abriu campos novos na Química e sempre teve a preocupação de atender às necessidades da sociedade, especialmente nas áreas de saúde a alimentação. A estreita relação entre a Química e a Medicina tem um marco muito importante encravado nesse cientista. Além disso, o resultado de suas investigações teve considerável impacto na economia, especialmente da França, permitindo ao país manter padrões significativos para o século XIX.
Louis Pasteur nasceu na cidade de Dôle, na França, a 27 de dezembro de 1822. Freqüentou as escolas primária e secundária em outra cidade, Arbois. Seus estudos superiores foram realizados no Colégio Real de Besançon, onde, em 1840, recebeu o título de bacharel em letras e, 1842, o diploma de bacharel em Ciências, no qual constava a qualificação de "medíocre" em Química. No ano de 1843, ingressou na Escola Normal Superior, em Paris. Freqüentando as aulas do químico Jean Baptiste André Dumas (1800-1884), um dos fundadores da teoria atômica, sentiu-se motivado a aprofundar seus estudos em Química. Pouco tempo depois tornou-se assistente do químico Antoine Jerome Balard (1802-1876), que, em 1826, descobriu o elemento químico bromo. Recebeu o título de doutor em Ciências, em 1847.
Pasteur teve grande envolvimento com o trabalho experimental, aconselhando empenho máximo a seus discípulos. Consta que, até mesmo em seu leito de morte, teria recomendado a seus alunos: "É preciso trabalhar" (Il faut travailler, em francês). Outra afirmação célebre de Pasteur é a de que "o acaso só favorece a mente preparada" (em francês: Hasard ne favorise que l'esprit préparé). Com essas palavras, Pasteur pretendia afirmar que o experimentador deve estar sempre atento ao seu empreendimento porque, no transcorrer da investigação científica, mesmo acontecimentos fortuitos podem sugerir novos caminhos. O vislumbre dessas rotas alternativas só estará ao alcance de quem possuir muito conhecimento acumulado e permanecer sempre alerta. Pasteur teve muitas ocasiões de verificar tal máxima.
Sua significativa obra despertou admiração internacional. Entre aqueles aqueles que prestigiaram seu grande intelecto está uma personalidade bastante conhecida na história do Brasil, o imperador Dom Pedro II. O monarca luso-brasileiro encontrou-se várias vezes com Pasteur, trocou correspondência e financiou algumas de suas pesquisas.
Devemos à Pasteur descobertas como o soro anti-rábico, a pasteurização (processo no qual fervemos leite - ou outro líquido qualquer - com o intuito de matar os microorganismos que nele se encontra) e descobertas extremamente significativas no ramo da Química intitulado estereoquímica. Pasteur trabalhou no estudo da simetria molecular e determinação da estrutura molecular por meio de luz polarizada.
Pasteur faleceu em 28 de setembro de 1895, após sofrer um segundo derrame cerebral (o primeiro havia sido em 1868, aos 46 anos de idade). Todavia, o legado e as grandes descobertas do saber de Pasteur estão mais vivas do que nunca. Sempre que alguém se interessa por química, Pasteur "renasce" novamente.
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